Mães de Transição 2

19-02-2011 19:55

 

E se eu não quiser gente a invadir a minha vida? E se eu já estiver com uma vida complicada demais para ajudar outros? E se eu vivo longe de toda a gente? E se eu não tenho mobilidade?

 

Claro... há fortíssimas razões para estarmos como estamos. Por isso os obstáculos são concretos e fortes.

No entanto, para cada obstáculo há solução.

 

Então vamos por partes:

 

Invasão:

Aprender a pôr ser tolerante e integrador mas também a por limites é uma aprendizagem fundamental e é do que aprendemos que os nossos filhos bebem também.

Claro que das primeiras conversas sentirmos mais identificação com umas pessoas do que com outras. Tudo bem, a sociedade de mães é naturalmente fluida, orgânica e tem de ser assente em gosto, conforto e sentimento de segurança.

Pois que se façam as coisas por etapas. E cada etapa levará às seguintes quem escolhermos levar.

 

Vidas complicadas demais:

Numa família saudável, sabemos que as coisas são ciclicas, a roda gira, hoje preciso eu, amanhã precisas tu, hoje eu tenho para dar, amanhã precisarei de receber...

Eu posso dar apenas um mail por semana dizendo que gosto de ti, ou eu posso oferecer-te muito mais... Cada um sabe com o que pode participar e em que momentos precisa de aprender a pedir ajuda, da mesma forma que um dia poderá ajudar. Nada fica igual muito tempo. Tudo muda.

 

Viver longe de toda a gente:

Aqui temos de distinguir distâncias reais de distâncias psicológicas. Podemos ir com calma. Eu conheço esta bem. Mas penso que há tanta forma de comunicar:

skype, messenger, mail, telefone, um cafézinho de vez enquando, uma sms a dizer gosto de ti... há muitas maneiras de tocarmos nos outros provocando sorrisos. Há que descomplicar. E perder o medo de sermos demasiado pequenos para pertencer.

 

E se eu não tenho mobilidade?

Outros têm.

Ou se mesmo assim for complicado, volto ao viver longe. Não ter mobilidade é como viver longe.

Há sempre forma. E todas as formas partem da mesma: Acreditar e dialogar investindo com confiança e critérios.

 

 

Abrir o coração.

é como abrir os olhos:

Vê-se melhor.

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